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Mesmo com interdição de maternidades, Evangelina Rosa mantém atendimentos por regulação

A ampliação do atendimento foi colocada em pauta diante do risco de comprometimento ao atendimento com a interdição de maternidades municipais.

12/12/2022 11:42

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) definiu que a Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) continuará a atender gestantes e parturientes apenas via regulação. A decisão foi tomada durante reunião realizada na manhã desta segunda-feira (12). A ampliação do atendimento foi colocada em pauta diante do risco de comprometimento ao atendimento de gestantes e parturientes com a interdição das maternidades municipais do Buenos Aires e Wall Ferraz.

Foto: Arquivo O Dia

Atualmente, a Maternidade Dona Evangelina Rosa é referência no estado no atendimento a gestantes de alto risco e atende pacientes apenas por regulação. A maternidade comunicou que, em casos de falta de vaga em maternidades do Município a Evangelina Rosa receberá os pacientes. Contudo, até o momento, não houve nenhum comunicado oficial sobre essa necessidade. “A maternidade está empenhada em ajudar a Fundação Municipal de Saúde a resolver o problema”, informou a MDER.

Hoje, o Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI) interditou parcialmente a Maternidade Municipal Professor Wall Ferraz, no bairro Dirceu, devido à falta de enfermeiros para atuar em setores essenciais da unidade. Em fiscalização realizada na última quinta-feira (08), o Conselho detectou a ausência de profissionais no centro cirúrgico e no setor de material e esterilização da maternidade. Apesar de não estar fechada, a interdição parcial da unidade de saúde pode prejudicar o atendimento a pacientes.

Essa é a segunda maternidade municipal a ter o funcionamento comprometido devido à interdição. No dia 1º de dezembro, o Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) realizou a interdição ética do Hospital Geral do Buenos Aires, na zona Norte. Segundo o CRM, um bebê teria morrido por falta de neonatologista no plantão do Hospital.

CRM-PI não discute interditar maternidade do Dirceu no momento

O Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) também participou da fiscalização do Coren-PI que resultou na interdição parcial da Maternidade Municipal Professor Wall Ferraz, no Dirceu. Dentre as irregularidades encontradas estão falta de obstetra, de neonatologista e de insumos para funcionamento básico da unidade.

No entanto, o CRM não discute ainda interditar a maternidade do Dirceu como fez no começo do mês com o Hospital do Buenos Aires, que também funciona como maternidade. Segundo o Conselho, em caso de interdição da maternidade do Dirceu, Teresina ficaria sem suas duas maternidades de referência, o que geraria um caos no atendimento à saúde na cidade.

Por meio de sua assessoria, o Conselho informou que, após as fiscalizações da semana passada na Maternidade Professor Wall Ferraz, dará prazo para que a Fundação Municipal de Saúde (FMS) solucione os itens de irregularidade apontados no relatório técnico. Caso isso não ocorra, novas providências serão tomadas, entre elas processos éticos-disciplinares contra os diretores do hospital e denúncias aos órgãos de controle.

FMS ainda não fez melhorias solicitadas no Hospital do Buenos Aires

Onze dias após a interdição do Hospital do Buenos Aires pelo CRM, a Fundação Municipal de Saúde ainda não fez as melhorias necessárias apontadas em relatório pelo Conselho. A informação é do próprio CRM-PI. Diante disso, a unidade de saúde, que atende a boa parte do contingente da zona Norte da capital, segue sem ter um prazo para ser desinterditada.

Isso só será feito após todos os itens do relatório do CRM serem solucionados. Por meio de sua assessoria, o CRM informou que assim que as melhorias forem devidamente efetuadas, a desinterdição do Hospital do Buenos Aires será votada em reunião plenária para só então ser efetivada.

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