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Moradores denunciam abordagem truculenta da PM em desocupação

Os manifestantes protestaram em frente ao Palácio de Karnak contra a desocupação de terreno em Nazária, onde moram cerca de 300 famílias.

02/10/2018 10:58

Um grupo de moradores da localidade Brejo ocuparam a calçada do Palácio de Karnak (sede do Governo Estadual) em manifestação contra a maneira agressiva com que a Polícia Militar os tratou ao tentar desocupar o terreno que habitam no município de Nazária, zona Rural de Teresina. A manifestação ocorreu na manhã desta terça-feira (02). Cerca de 50 pessoas estiveram presentes.   

De acordo com os manifestantes, a polícia esteve no local na semana passada e tentou despejar as famílias. Porém, encontrou resistência dos populares, que não deixaram suas casas. Esta já é a terceira liminar de despejo contra os moradores. As outras duas já haviam sido derrubadas pela justiça. "Só queremos justiça, poder morar em nossas casas em paz. Não fazemos mal a ninguém. Não queremos que o governador altere leis, mas queremos segurança. Conversar sem violência", disse Gilvan Firmino da Silva, presidente da Associação de Trabalhadores e Produtores da Agricultura Familiar (AFPAT), que organiza o movimento. 

Foto: Assis Fernandes/O DIA

Na localidade moram cerca de 300 famílias que correm o risco de ficarem desabrigadas. Os moradores pedem pela segurança de poder ficar na própria casa, pois estão há quatro anos no local, produzindo para o consumo da própria família. “É importante buscar a conversa para poder resolver esse problema na ocupação do Brejo. Violência não é bom para ninguém", disse José Gomes, sindicalista que acompanha a manifestação. 

Do Karnak, os manifestantes seguiram para a Secretária de Segurança Pública, no bairro Piçarra.  A superintendente de relações sociais do governo, Núbia Lopes, esteve com os manifestantes em frente ao Palácio de Karnak, e recebeu em mãos o protocolo de denúncia. Segundo a gestora, ela acompanhará os manifestantes até a secretária de segurança, onde haverá uma audiência com o secretário. 

O Portal O Dia tentou entrar em contato com o setor de relações públicas da Polícia Militar para esclarecer sobre o comportamento dos policiais durante a tentativa de desocupação. No entanto, até o fechamento dessa matéria, a reportagem não foi atendida pelos telefones de contato disponíveis.

Edição: Viviane Menegazzo
Por: Lucas Albano e Geici Mello
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