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Moradores denunciam atuação de ligeirinhos no zona Norte de Teresina

Com a redução da frota de ônibus, os "œligeirinhos" se tornaram a única opção de transporte para muitos teresinenses

13/05/2020 14:35

A suspensão do transporte público em Teresina como medida de enfrentamento ao novo coronavírus facilitou a atuação dos conhecidos “ligeirinhos”, transporte clandestino conhecido pela facilidade e rapidez do deslocamento. Com a redução da frota de ônibus pelo Sindicato das Empresas de Transporte (Setut) e a restrição do embarque apenas para quem comprovar ser trabalhador essencial, os “ligeirinhos” se tornaram a única opção para muitos teresinenses.

Nesta quarta-feira (13), o Portal O Dia recebeu denúncia desse tipo de transporte sendo realizado nas proximidades da Praça do Poty Velho, na zona Norte da capital. “Eles estão desrespeitando as recomendações de higiene. Andam aglomerados e sem máscara”, relatou um morador que presencia diariamente a atuação dos responsáveis pela captação e condução dos passageiros.

"Ligeirinhos" em atuação na Praça do Poty Velho, zona Norte de Teresina (Foto: Reprodução)

Esse tipo de serviço é parecido com os transportes por aplicativo e até os táxis. A diferença é que sua forma de atuação é realizada “boca a boca”. Uma pessoa nos pontos escolhidos oferece o serviço e busca passageiros que tenham destinos parecidos. Com a lotação, ele avisa ao motorista que aparece com o veiculo e realização o transporte.

Para a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), esse serviço é irregular porque não há como garantir a segurança dos veículos e a procedência dos motoristas. ““Além de não serem credenciados, muitos motoristas não são habilitados e transportam os passageiros sem segurança, com excesso de lotação. Estamos fiscalizando os pontos mais frequentes no Centro para coibir a prática”, disse o diretor de operação e fiscalização da Strans, Jaime Oliveira.

A Strans informou que realiza a "Operação Ligeirinho" desde a redução da frota de ônibus por causa da pandemia e que o trabalho tem o objetivo de fiscalizar o transporte clandestino. Os ficais se concentram em locais estratégicos entre 7h e 18h para tentar localizar as pessoas que insistem nessa prática. Dentre as penalidades previstas, está apreensão do veículo e pagamento de multas e taxas.

Por: Otávio Neto
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