A taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivas para Covid-19 tem apresentado uma elevada ocupação aos longo das semanas. Segundo a nona pesquisa sorológica apresentada nesta quarta-feira (17), ontem (17), dos 268 leitos de UTI Covid, 210 estavam ocupados (78,36%) e apenas 58 estavam livres. Se fizer um comparativo com o dia 16 de maio, que tinha 103 leitos ocupados, é possível observar que a quantidade de leitos ocupados dobrou.
Porém, a taxa de ocupação poderia ser ainda maior se retirassem do relatório os leitos exclusivos de neonatal, pediátrico, obstétrico e de reserva. “O indicador está em torno de 78%, mas se tirar esses leitos, o indicador vai para perto de 90% de leitos de UTI ocupados. Percebemos o crescimento nas utilizações das UTIs e a baixa disponibilidade de leitos, especialmente na rede pública”, alerta.
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Na rede privada, por exemplo, 94,95% dos leitos de UTI Covid estão ocupados, ou seja, dos 99 existentes, 94 estão ocupados e apenas cinco livres. Esse é o maior índice de ocupação de leitos de UTI desde que as internações por coronavírus começaram.
Com relação às consultas de pacientes com sintomas relacionados à gripe, como tosse, febre, dor de garganta, entre outros, observou uma evolução ao longo dos meses. No dia 03 de junho, foram registradas 1.336 consultas de síndrome gripal na rede pública e privada. No dia 09 de junho, as consultas subiram para 1.514; já no dia 15 houve uma redução, caindo para 1.111. Porém, no dia 16 de junho subiu consideravelmente, saltando para 1.886 consultas por dia.
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Já com relação à síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que são aqueles pacientes que dão entrada em uma unidade de saúde extremamente grave e necessitam ser hospitalizados. O crescimento, ao longo das semanas, vem apresentando estabilidade.
“A cidade de Teresina, apesar de todo o sacrifício, dificuldades e óbitos que tivemos, se fizermos uma comparação com a realidade de outras capitais nordestinas, o nosso desempenho está acima da média, ou seja, o nosso sacrifício até agora, relativamente, tem valido a pena”, completa.
Na capital foram registrados 277 óbitos, desses 223 são de residentes de Teresina e 54 de não residentes. Firmino pontuou que não há uma tendência de queda e que o patamar de óbitos está elevado.
O gestor comenta que a taxa de isolamento social ainda está abaixo do recomendado pelos órgãos de saúde. O prefeito frisa isso interfere na curva epidemiológica e esbarra nos critérios necessários para se considerar a reabertura gradual do comércio. “Falar de abertura agora não é uma coisa responsável. São sete critérios que precisam ser considerados. Por mais que o índice de infectados tenha diminuído, a quantidade de leitos ocupados aumentou”, completa.