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Preço dos alimentos deve subir com escassez de produtos à venda

Com poucos produtos em estoque, os comerciantes devem subir os preços para reduzir os prejuízos.

25/05/2018 06:57

Com a quantidade de produtos reduzida nos estoques dos permissionários da Nova Ceasa, muitos comerciantes es­tão aumentando o preço de alguns alimentos, caracterizando a oferta da lei e da procura. “Eu conversei com alguns comer­ciantes e uns disseram que vão deixar o preço que ainda está, mas outros já aumentaram. É questão de mercado, se um não tem uma mercadoria e o outro tem, esse vai aumentar”, explica Marcos Massaranduba, gerente de Mercado da Nova Ceasa.

Quem trabalha nos galpões comenta que poucos cami­nhões conseguiram chegar à central e que as mercadorias que tinham em estoque estão acabando. Sem ter como repor, muitos comerciantes temem prejuízos e falam em aumentar o preço dos produtos.

“Eu vendo mais de mil cai­xas de verduras para pessoas de outras cidades e estados, mas os compradores não estão conseguindo chegar aqui e eu não vendi nem metade do que costumo vender por dia. E tam­bém não tenho como abaste­cer, tudo que eu tenho é isso; se acabar, vou ficar sem nada, en­tão como só tenho isso, prova­velmente eu tenha que aumen­tar o preço, senão terei muitos prejuízos”, comenta Luciano Sousa.

Permissionários reclamam que vendas de caixa estão bem abaixo do esperado para o período (Foto: Moura Alves/O Dia)

O auxiliar Carlos Alberto trabalha em um depósito de especiarias e afirma que os poucos caminhões que chega­ram à Nova Ceasa não foram suficientes para abastecer o estoque. “Nós que revendemos e já temos produtos no estoque não estamos sentindo muito, apesar da quantidade de caminhões que chegaram terem sido poucas; mas quem está aguardando para receber pro­dutos, tem sofrido, porque não estão chegando caminhões”, enfatiza.

Já a permissionária Cleudile­ne Alves Bastos de Sousa cita que, por hora, tem conseguido comprar frutas e verduras. Po­rém, ela pontua que as vendas estão bem abaixo do esperado diariamente, principalmente porque seus clientes são pes­soas que abastecem comércios de bairros e necessitam de transporte maior para levar as mercadorias.

“As vendas individuais estão até boas, mas os clientes que compram de caixa ainda não apareceram; acredito que não estão conseguindo passar nas estradas. Então, eu estou tendo que aumentar um pouco o va­lor dos produtos, até porque o valor que pagamos para a Ceasa aumentou”, finaliza.

Por: Isabela Lopes - Jornal O Dia
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