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Teresina: Zona Leste pode ficar sem ônibus após impasse entre empresa e setut

Empresa alega que o Setut não vem cumprindo com o acordo de repasse de verbas firmado com a Prefeitura de Teresina

02/12/2020 15:52

A empresa de ônibus Cidade Verde, que atua há mais de 30 anos em Teresina, comunicou o Ministério Público do Trabalho (MPT), no último dia 27 de novembro, que o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) não vem cumprindo com o acordo de repasse de verbas firmado com a Prefeitura de Teresina. Sem o subsídio, a empresa alega que não terá condições de continuar em operação, ou seja, irá parar 100% das atividades na Capital, já que não possui recursos para pagar funcionários e fornecedores.

Foto: Arquivo/ODIA

A Cidade Verde é uma das empresas que participam do “Consórcio Urbanus”, criado com a finalidade de explorar a prestação de serviço do transporte público em Teresina. No documento encaminhado ao MPT, a empresa afirma que consórcio vem enfrentando déficit de arrecadação, o que vem prejudicando o investimento e melhoria na prestação do serviço.

“Neste sentido, tomou-se conhecimento de que a Prefeitura de Teresina, firmou acordo com o Setut, cujo o objetivo é o pagamento do subsídio às concessionárias de transporte coletivo urbano do município”, diz o documento.

Além disso, a empresa acusa o Setut de não prestar contas das verbas públicas repassadas pela prefeitura além de não ter transferidos os valores à Cidade Verde.

“A Cidade Verde já cientificou o SETUT e a Strans, quanto a ausência de efetivação dos repasses, porém não teve qualquer reposta”, completa.

Sem o repasse e com a possível deflagração da greve, parte da população de Teresina poderá ficar prejudicada com a falta de ônibus nas ruas. Bairros da Zona Leste como Vale do Gavião, Pedra Mole, Vila Bandeirantes e Nova Teresina, por exemplo, poderão ficar sem o serviço.

A empresa alega ainda que os débitos do Setut chegam a R$ 800 mil.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Setut informou que a informação do débito não procede.  “O Setut informa que não procede a informação sobre o não repasse de R$800 mil para a empresa de ônibus”. 

Sobre a paralisação dos veículos do Consórcio Urbanos, a Strans se pronunciou por meio de nota. Segundo o órgão o Setut recebeu os recursos definidos em acordo judicial, e que caso os serviços sejam paralisados tomará as medidas cabíveis. 

Confira a nota da Strans na íntegra
A Strans esclarece que repassou o dinheiro ao SETUT, conforme
acordo judicial e todos os consórcios foram informados sobre o valor que caberia a cada um.
Caso aconteça a paralisação, a Strans tomará as providências conforme  o contrato que prevê a aplicação de multa e até uma possível intervenção.
Em caso de paralisação, o órgão esclarece que serão acionados os  veículos alternativos que já estão cadastrados para atender os usuários.
Por: Jorge Machado, do Jornal O Dia
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