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Teresinenses estão mais dispostos a comprar imóveis, avalia corretor

Na capital piauiense, por questões de segurança, os tipos de imóveis mais procurados são apartamentos e casas em condomínios fechados.

24/01/2019 16:23

Com taxas de endividamento e de inadimplência mais baixas, adquirir um imóvel se torna uma possibilidade no horizonte de muitas pessoas. Neste sentido, a Associação Brasileira do Mercado Imobiliário (ABMI) espera uma retomada do mercado em 2019. Em Teresina, Delano Martins, que é corretor de imóveis e possui uma imobiliária, estima melhorias nessa direção.

Nesse início de ano, ele já sente uma maior disposição das pessoas para adquirir o próprio imóvel. “[Agora em janeiro] foi o melhor início de mês desde o final de 2014”, revela. O período de crise mais intensa e juros altos já é passado, na avaliação de Delano. Em 2014, os juros estavam entre 8% e 8,5% e saltaram para 15%.

De acordo com o corretor, o tipo de imóvel mais ofertado é a casa, já que proprietários estão vendendo esses imóveis para se mudarem para apartamentos ou condomínios de casas por questões de segurança. “Como tudo no comércio, o que rege é a oferta e a procura, essas casas acabam apresentando queda no valor de venda, passam a ter um valor mais baixo porque há mais oferta”, explica.

Neste contexto, hoje, a maior procura é por casas em condomínios ou apartamentos de até R$ 500 mil, “em localizações consideradas boas” que, segundo Delano esclarece, estão no quadrante entre a Avenida Nossa Senhora de Fátima, Avenida Homero Castelo Branco, Rua Lindolfo Monteiro e Avenida Jockey Clube. “É o metro quadrado mais caro de Teresina e o mais procurado para apartamentos”, destaca.

Ano de 2017 foi o “fundo do poço” para o setor imobiliário

Delano Martins afirma que, na esteira da crise econômica pela qual atravessa o Brasil, e que afetou os mais variados setores, o mercado imobiliário também sofreu grande impacto. 

“Uma crise econômica das maiores que o país já sofreu. Porém, há mais ou menos um ano, nós já tivemos alguns meses com uma certa melhora do mercado imobiliário, um certo reaquecimento, de forma bem tímida. No entanto, a cada mês, percebíamos melhora em relação aos meses anteriores”, relata.

Um momento conturbado, entretanto, foi o período da Copa do Mundo, realizada em junho de 2018. “Isso sempre interfere no mercado imobiliário, mas o segundo semestre de 2018 já foi um período diferente, sentimos [novamente] melhoras. A procura começa a aumentar e as vendas a fluir, mas nunca comparado a anos excelentes, como de 2009 a 2013”, pontua, acrescentando que o ano de 2017, para o mercado imobiliário teresinense, foi “o fundo do poço”.

“De cada dez imóveis que são vendidos, nove são vendas através de financiamento bancário. Quando esse financiamento está com as taxas de juros altas, as pessoas recuam, não compram. Começou com o banco, as pessoas deixam de comprar, as construtoras deixam de lançar e aí começa a crise imobiliária”, esclarece.

Com a queda das taxas no último ano, as pessoas voltaram a procurar o setor em busca de imóveis. Existe uma demanda reprimida, já que as pessoas buscam uma época com menores taxas.

Novos empreendimentos devem ser lançados em série em 2019

Segundo o corretor de imóveis, Delano Martins, muitas construtoras já notaram que o mercado começa a apresentar sinais de melhora. E como estratégia para capturar essa oportunidade, muitas delas planejam lançar novos imóveis. 

O corretor estima que novidades serão apresentadas em série durante este ano. “Aquelas construtoras que passaram três, quatro anos sem lançar algo novo, um novo empreendimento, já começam a se planejar para, em 2019, fazer esse lançamento. Claro que com muita cautela, fazendo uma análise de mercado, o que é necessário naquele momento, o que vai dar certo, para que não possam errar”, avalia.

Delano diz ainda que está apostando muito no biênio 2019-2020 para a “volta do mercado” e há muito interesse da população em adquirir a casa própria. “O imóvel ainda é o melhor negócio de investimento. O carro, ao sair da concessionária, já perdeu 20% do valor e imóvel não. Por mais complicado que seja o imóvel, sempre tem valorização ano a ano”, completa.

Edição: Virgiane Passos
Por: Ananda Oliveira
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