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Vendas no Mercado do Peixe caem após mudança de endereço

Os comerciantes reclamam que, quando as bancas ficavam em uma calçada da avenida, era mais fácil para os motoristas comprarem

09/05/2018 08:31

Os vendedores de peixe, que trabalhavam próximo à Praça do Poti Velho, estão, desde dezembro do ano passado, instalados no Mercado Manoel de Sousa Aguiar – um prédio reformado bem ao lado da alça de acesso à ponte do bairro. Contudo, cinco meses após a entrega do local, os permissionários já pedem melhorias e reclamam da queda nas vendas.

Segundo Cícero Gomes de Araújo, as vendas dos pescados tiveram uma enorme queda após os comerciantes serem transferidos para o mercado. Segundo ele, os motoristas tinham mais facilidade em adquirir o produto quando paravam no sinal, antes da ponte.

“Os motoristas não precisavam nem descer do carro, eles paravam e ali mesmo a gente atendia eles. Agora que o prédio está do outro lado da avenida, muitos motoristas não querem dar o retorno para vir até o mercado, então as vendas estão bem baixas”, comenta Cícero, acrescentando que a conversão proibida à esquerda também tem prejudicado o comércio no local.


Cícero Gomes também cobra iluminação mais eficiente em torno do mercado (Foto: Moura Alves/O Dia)

A iluminação precária também não tem favorecido as vendas, que seguem até por volta das 23h. Para Cícero Gomes, além de colocar postes com lâmpadas ao redor do mercado, deveria ser instalada uma placa mais chamativa e que identificasse melhor o espaço.

Outra reclamação é com relação às fossas, que entopem constantemente. Os permissionários alegam que a tubulação é antiga e que não comporta o volume de água. Com isso, o mau cheiro termina por afastar os consumidores e até mesmo os comerciantes. É o que destaca o vendedor Messias Ribeiro.

“Dos 20 boxes, apenas sete estão funcionando efetivamente. Inclusive, o rapaz que fica nesse box da frente desistiu de abrir porque não tem condições de trabalhar em frente a essa fossa que está vazando, porque os clientes não chegam. O mau cheiro é insuportável e espanta os clientes. Mudar para esse prédio foi bom, porque aqui é mais limpo e tem estrutura, mas precisa melhorar algumas coisas”, argumenta.

O comerciante comenta ainda que, antes, os pescados eram todos vendidos ao longo do dia; porém, após a mudança para o mercado, está sobrando muita mercadoria. “Quando ficávamos perto da avenida, não sobrava nada, porque sempre passava cliente e comprava no sinal mesmo. Agora, como eles não querem dar uma volta muito longa, os peixes vão ficando aqui, dois ou três dias. Temos que congelar, então temos gastos com gelo e, quando não dá mais para guardar, jogamos fora. Tudo isso é custo e prejuízo”, acrescenta o vendedor.

Ventilação

Já a comerciante Maria do Carmo da Silva Santos, que vende frutas e verduras no Mercado do Peixe, comenta que a estrutura do local é satisfatória e garante, tanto aos vendedores como clientes, melhores condições de compra e armazenamento dos produtos. Entretanto, ela pede a instalação de ventiladores no local, algo previsto quando o prédio foi entregue. “Quando nos mudamos, falaram que iam instalar ventiladores, mas até agora não colocaram. Queríamos que fosse feito isso logo, porque está chegando o período do calor e ficar aqui dentro vai ser insuportável”, finaliza.

Por: Isabela Lopes - Jornal O Dia
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